Assessoria de Comunicação – UEMG Divinópolis
Texto: Isabella Marques
O relatório “Microtrabalho no Brasil: quem são os trabalhadores por trás da IA” é resultado de uma pesquisa realizada em colaboração entre pesquisadores do Laboratório de Trabalho, Saúde e Processos de Subjetivação (Latraps) da UEMG Divinópolis e do DipLab, centro que pesquisa trabalho de plataforma do Instituto Politécnico de Paris.
O Prof. Dr. Matheus Viana Braz, do Departamento de Psicologia da Unidade, participou da pesquisa que encontrou mais de 50 plataformas de microtrabalho em operação no Brasil. Os autores mapearam, ainda, quem são os trabalhadores brasileiros envolvidos na cadeia de produção da Inteligência Artificial globalmente.
"Quando pensamos em Inteligência Artificial, logo vem à nossa cabeça o trabalho de engenheiros de 'software' ou de cientistas de dados. No entanto, o que pouca gente sabe é que a cadeia de produção da Inteligência Artificial depende, em escala global, de uma multidão de trabalhadores precários, que fazem microtarefas em plataformas 'on-line', cuja função é treinar e aperfeiçoar algoritmos que servirão de base para o aprendizado de máquinas. Trata-se de tarefas como categorização de imagens, classificação de publicidades, transcrição de áudios e vídeos, avaliação de anúncios, moderação de conteúdos em mídias sociais, rotulagem de pontos de interesse anatômicos etc.", explicou o professor.
De acordo com uma reportagem publicada no site da agência de notícias "The Intercept Brasil", "os pesquisadores coletaram informações de 477 trabalhadores brasileiros que atuam, em tempo integral ou parcial, realizando tarefas em plataformas de microtrabalho. Outros 15 trabalhadores foram entrevistados em profundidade".
O relatório está disponível em inglês e português no link https://diplab.eu/?p=2833
Confira, também, a notícia publicada no "The Intercept Brasil": https://bit.ly/3peHtWq
Saiba mais sobre o Latraps: www.instagram.com/latraps.uemg/