Publicado nesta quarta-feira (20/12), o quinto e último episódio da primeira temporada do Saber em Movimento discute a produção do biocarvão a partir do bagaço da cana-de-açúcar. Desta vez, o convidado do podcast de ciência da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) é o professor Alan Machado, da unidade acadêmica de João Monlevade.
O pesquisador trabalha para investigar eventuais efeitos adversos durante a produção do biocarvão. Esse condicionante agrícola é produzido através de um processo conhecido como pirólise, que realiza a conversão térmica de insumos de origem vegetal ou animal, como o bagaço da cana-de-açúcar, a borra de café, a soja, o milho e o algodão, na ausência ou em condições limitadas de oxigênio.
Utilizado para aumentar a produtividade do solo, o biocarvão atua melhorando as suas propriedades agrícolas. Ao mesmo tempo, promove o sequestro de carbono, característica que potencializa seu uso, especialmente, diante das mudanças climáticas, que, para além de uma ameaça, já são uma realidade.
"Durante essa pirólise, pode ocorrer a liberação de substâncias que podem causar efeitos indesejáveis, tanto ao homem, quanto ao ambiente. Então, a gente precisa criar estratégias analíticas, para certificar a qualidade agronômica desse produto", explica o professor Alan.
A pesquisa, ainda em andamento, já é capaz de apontar alguns fatores determinantes para o surgimento ou não de efeitos danosos durante a pirólise. A ideia é evitar ou mitigar esses efeitos, para que haja segurança no uso do biocarvão.
Essas e outras informações são apresentadas ao longo do quinto episódio do Saber em Movimento. O podcast é uma produção da Assessoria de Comunicação (Ascom) da UEMG e busca apresentar as pesquisas desenvolvidas pela instituição à comunidade universitária e à sociedade mineira.
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