Na tarde de domingo (21/4), três docentes da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) foram homenageados com a Medalha da Inconfidência, honraria concedida pelo Estado a personalidades e instituições que contribuíram para o desenvolvimento de Minas Gerais e do Brasil. A cerimônia de entrega das condecorações ocorreu em Ouro Preto e contou com a participação da reitora da UEMG, professora Lavínia Rosa Rodrigues.
A pró-reitora adjunta de Graduação da UEMG, professora Welessandra Aparecida Benfica, foi agraciada com a Medalha de Honra, uma das quatro designações da solenidade, por indicação da universidade. Da mesma maneira, os professores Leandro Pinheiro e Júnia Alexandrino, diretores das unidades acadêmicas de Frutal e João Monlevade, respectivamente, receberam a Medalha da Inconfidência.
"Agradeço à magnífica reitora e ao magnífico vice-reitor, Thiago Torres, pela confiança na indicação de meu nome, fruto de uma gestão muito suada, com decisões que versam sobre toda a comunidade acadêmica de Frutal. Estar na diretoria da unidade me impele a contar com pessoas muito importantes e fundamentais", afirma o professor Leandro, sobre a condecoração.
A UEMG também indicou o nome do presidente da Fundação Clóvis Salgado, Sérgio Rodrigo Reis, que recebeu a Grande Medalha.
Ao todo, foram entregues 170 condecorações, dentre elas 40 Grandes Medalhes, 58 Medalhas de Honra e 72 Medalhas da Inconfidência; o ex-presidente da República e sociólogo Fernando Henrique Cardoso recebeu o Grande Colar, honraria concedida a chefes de Estado, chefes de governo e chefes dos demais poderes da União.
A Medalha da Inconfidência foi criada em 1952, pelo então governador de Minas Gerais, Juscelino Kubitscheck. Ela é entregue, tradicionalmente, no dia 21 de abril, Dia de Tiradentes, em referência a Joaquim José da Silva Xaver, mártir da Inconfidência Mineira, movimento de independência que teve a cidade de Ouro Preto como epicentro, no século 18.
Error
Tributo à poeta Bárbara Heliodora
Além da entrega das medalhas, a cerimônia homenageou a poeta Bárbara Heliodora, uma das heroínas da Inconfidência Mineira. Trata-se de uma reparação histórica, tendo em vista que a poeta não recebeu o reconhecimento merecido à época, por ser uma mulher.
Nascida em 1759, em São João Del-Rei, Bárbara Heliodora morreuaos 60 anos, vítima da tuberculose. Membro da aristocracia, a poeta foi casada com o inconfidente Alvarenga Peixoto e ambos cediam sua casa para reuniões do movimento.
Na cerimônia de domingo, o Museu da Inconfidência recebeu uma porção de terra do túmulo onde a poeta foi enterrada, em 1879, em São Gonçalo do Sapucaí, no Sul de Minas Gerais. O governador Romeu Zema levou os despojos até o Panteão dos Inconfidentes, onde á lembranças e nomes como Tiradentes e o próprio Alvarenga Peixoto.