Com informações do Ministério da Saúde e de Julia Moraes, estagiária da Assessoria de Comunicação da UEMG Passos
Aprovada em dezembro do ano passado, e com duração prevista de dois anos, a participação da UEMG Unidade Passos na 9ª edição do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde), do Ministério da Saúde, chega ao meio de 2019 consolidando sua atuação junto ao município.
Em Passos, a equipe do PET-Saúde tem como coordenadora geral a docente da UEMG Maria Inês Ribeiro, além das também professoras da Unidade Passos Carmen Camargo e Walisete Rosa, que são coordenadoras de grupo, e 12 estudantes da Universidade, dos cursos de Enfermagem, Serviço Social e Medicina – compõe ainda o time passense do Programa quatro preceptores da Rede Municipal de Saúde.
Antes do início prático dos trabalhos, em abril deste ano, foi promovido com os estudantes participantes um estudo dos marcos conceituais da interprofissionalidade: eixo temático do PET-Saúde, que visa promover a integração ensino-serviço-comunidade com foco no desenvolvimento do trabalho em rede e do SUS. Atualmente, tanto os conceitos como a equipe do projeto estão sendo apresentados para as 24 equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) de Passos.
Segundo a coordenadora geral Maria Inês, em Passos, o enfoque do Programa está na rede psicossocial. “O PET-Saúde está voltado às necessidades e realidade do nosso município, atento para a qualificação de atenção em saúde mental, focando em ações voltadas para as demandas levantadas em cada ESF”, pontua.
A coordenadora de grupo Carmen Aparecida Cardoso Maia Camargo comenta sua participação no projeto: “Busco oferecer apoio à coordenadora geral e apoiar a equipe no desenvolvimento do Programa, desenvolvendo e acompanhando ações a serem implementadas, bem como o cumprimento dos prazos. A interatividade com a equipe envolvida no projeto é grande. Todas as ações são desenvolvidas em conjunto. É uma estratégia nova e estamos aprendendo juntos a trabalhar através das práticas colaborativas em Saúde”.
Outra docente responsável pela coordenação de grupo, Walisete Rosa reitera a fala de Carmen, enfatizando que o PET-Saúde “visa colocar em prática ações em equipe de forma colaborativa e tem potencialidade para fortalecer a comunicação entre os profissionais. Também pode fortalecer o Sistema Único de Saúde, com práticas mais resolutivas e integrais”.
Em todo país, foram selecionados 180 Instituições para a participação no Programa. “Esta é uma oportunidade de provocar mudanças na formação dos profissionais de saúde, visando a colaboração interprofissional, o trabalho em equipe, e valorizando as relações interpessoais. Se propõe a formar profissionais de saúde colaborativos que asseguram práticas integrais na saúde”, conclui a coordenadora geral Maria Inês.
Formação profissional dos estudantes
“Estamos adquirindo novos conhecimentos, como o entendimento do conceito de interprofissionalidade, um termo novo no Brasil. Ele consiste não só em ser um multiprofissional, mas em vários profissionais trabalhando na mesma área. Trabalhamos como uma equipe integrada”, comenta a estudante de Enfermagem Bárbara David Batista Couto, destacando que o PET-Saúde beneficia não só a comunidade mas também o aprendizado dos graduandos.
No Programa, os estudantes recebem orientações dos coordenadores de grupo e de preceptores, profissionais da saúde. O psicólogo do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (CAPS AD), Thales França, é um dos preceptores: “Participo como integrante no processo horizontalizado de construção do conhecimento, do planejamento de ações, análise das demandas e consolidação das intervenções. No entanto, contribuo enquanto profissional em atuação na Rede de Atenção Psicossocial. Assim como os demais integrantes, tento colaborar com minhas experiências, com o que tenho aprendido no cotidiano da equipe multidisciplinar do CAPS AD, que busca trabalhar sob a lógica Interdisciplinar”.
A estudante de Medicina Ana Paula Lopes comenta sobre a importância do envolvimento com a proposta: “Participar desse projeto está sendo uma oportunidade única. Me sinto muito lisonjeada que a UEMG tenha conseguido aprovação neste edital frente a tantas outras Universidades. Estamos conseguindo desenvolver esse trabalho tão especial e necessário junto com tantos outros centros no Brasil. Participar do PET me trouxe experiências e contextos que, com certeza, mudarão e estão mudando meu modo de pensar e minha forma de agir na prática profissional”.
Também preceptor do Programa e enfermeiro da Unidade de Pronto Atendimento municipal, Frederico Santos confia nos benefícios do PET-Saúde para a população: “Acredito que com a coleta de dados e posterior capacitação das equipes ESFs, poderá acontecer uma repercussão positiva junto à população, que será alvo de ações mais pontuais, com uma visão diferenciada”.