Num clima de euforia similar ao de atletas que cruzam a linha de chegada em uma corrida, terminou, ontem (09), a primeira maratona de inovação social da UEMG. Realizados os pitchs (breves relatos das soluções trabalhadas pelas equipes no primeiro dia) e os feedbacks da Comissão Julgadora sobre as propostas, foram anunciados os ocupantes das primeiras posições nessa disputa pela inovação, que trabalhou, em sua edição de estreia, desafios relacionados ao complexo cenário da pandemia de Covid-19.

Obteve o 1º lugar a equipe composta por Giulia Zanon de Castro (Escola de Design) e Stenio Lavitte Alves (Faculdade de Políticas Públicas – FaPP), que conceberam o projeto “Falando com as mãos”. A proposta, que contou com a mentoria do Prof. Dr. João Paulo Leonardo de Oliveira (Unidade Frutal) e da Profa. Dra. Mariana Freitas Coelho (Universidade Federal de Viçosa), objetiva, basicamente, oferecer um aplicativo de tradução de Libras para o Português e de Português para Libras, incluindo ao usuário a possibilidade de reportar correções, a fim de garantir o aprimoramento contínuo do programa.

Com o 2º lugar, a equipe formada por Cristiele Costa de Souza, Joaquim Fernandes Antunes de Oliveira Neto (ambos da Unidade Frutal), Luiz Fernando Moura Piantino (Unidade Passos) e Marina Carla Sotero Povoa (FaPP) apresentou o projeto “Doa-Tech”, que teve a mentoria da Profa. Dra. Lígia Barros de Freitas (Unidade Frutal) e do Prof. Dr. Daniel Varela Magalhães (Escola de Engenharia de São Carlos - EESC-USP). A proposta, tendo em vista, principalmente, o contexto das aulas remotas, visa a fornecer computadores para estudantes da UEMG sem condições financeiras de adquirir um equipamento eletrônico. O processo seria por meio de doação e envolvimento de parceiros institucionais e privados.

Com o 3º lugar, Bárbara Tatiele Santos (Escola de Design), Jefferson Alves da Silva (Unidade Ibirité) e Matheus Rugani Melo (Unidade Passos) sugeriram o projeto “Geração Z”: um jogo digital para ensinar sobre saúde de forma interativa e atraente para o grande público. Essa equipe teve a Profa. Dra. Miriam Pinheiro Bueno (Unidade Frutal) e Profa. Dra. Hilde Harb Buzzá (pesquisadora FAPESP do Instituto de Física de São Carlos - IFSC-USP) como mentoras no processo de ideação.

Vislumbrando o potencial das ideias apresentadas, o Prof. Dr. Fernando Melo, coordenador de Propriedade Intelectual do Núcleo de Inovação Tecnológica e Transferência de Tecnologia (NIT-UEMG) – órgão responsável pela realização da maratona –, incentivou a continuação das propostas: “Podemos dar suporte a partir de um aprimoramento das ideias vencedoras, sob a supervisão dos seus mentores, assim como ficaríamos a cabo de auxiliar em parcerias internas e externas ao projeto”.

Repercussão
Integralmente on-line, este 1º UEMGathon mobilizou uma média de 80 pessoas em cada um dos dois dias de atividades. E foram várias as impressões positivas: “Estou muito feliz de ter participado!!! Obrigada aos mentores e professores pela inciativa!”, afirmou Marina Carla Sotero Povoa, participante da FaPP. Depoimento semelhante foi o de Bruna Cristina, da Unidade Frutal: “Muito obrigada pela oportunidade, evento incrível para nosso crescimento!”. Mesmo caso de Milena Mariana, da Unidade Divinópolis: “Foi muito gratificante participar deste momento com vocês”.

Segundo a Comissão Organizadora do UEMGathon, liderada pela equipe do NIT-UEMG e pela Profa. Dra. Fernanda Paolillo (Unidade Passos), o evento representa uma iniciativa de grande relevância para que a Universidade pública continue cumprindo um de seus principais papeis, que é gerar valor para a sociedade – no caso, tendo como base os princípios e estratégias da inovação, por meio de engajamento coletivo.

Já está na pauta de discussão dos organizadores a realização de uma segunda edição do evento.